1º Debate dos Presidenciáveis

O primeiro debate dos candidatos à Presidência do Brasil foi transmitido pela Band na noite desta quinta-feira, seguindo a tradição da emissora transmitir o primeiro debate.

Esse ano o debate contou com transmissão simultânea pela internet, através do aplicativo da emissora e também pelo YouTube. Outra novidade foi o acompanhamento em tempo real dos temas pesquisados no site de pesquisas Google, que possibilitou um feedback inovador do eleitorado online, em relação ao qual podemos considerar que uma vez anunciado pela emissora militantes e até mesmo sistemas automatizados (apelidados de robôs) podem ter efetuado pesquisas buscando criar uma aparente tendência relacionada aos seus candidato.

Participaram 8 candidatos, mediados pelo jornalista Ricardo Boechat.. Foram eles: Alvaro Dias (Podemos), Benevenuto Daciolo (Patriota), Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Jair Bolsonaro (PSL), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSol) e Marina Silva (Rede).

O debate, que contava com perguntas livres dos candidatos para seus concorrentes livremente escolhidos e com perguntas de jornalistas convidados que escolhiam um candidato para responder e outro para comentar, transcorreu com alguns (poucos) momentos de atrito entre alguns candidatos, em momentos de interação entre os mesmos.

Alvaro Dias provocou Bolsonaro ao perguntar sobre diferença salarial entre o homens e mulheres, estupro e mortalidade infantil, temas relacionados à falas polêmicas do passado do questionado.

Já o estreante Benevenuto Daciolo deve repercutir muito nas redes sociais pela sua participação com alguns momentos peculiares. Afirmou que outros candidatos são a velha política e que agora era o momento do novo (que entendemos ser referência a ele que está estreando como candidato à Presidente). Quando questionado por jornalista sobre sua participação passada em greve dos Bombeiros do RJ (onde era Cabo) e em greve de outro Estado, demonstrou aparente irritação em sua resposta.

Bolsonaro manteve aparente tranquilidade pela maior parte do debate, mesmo quando foi questionado pelo candidato Boulos sobre quem seria “Wal” (Walderice Santos da Conceição) e iniciou a resposta comentando ter pensado que estariam ali para discutir política nacional. Demonstrando irritação apenas em poucos momentos, como quando se referiu ao Boulos dizendo “Eu não vim aqui para bater boca com um cidadão desqualificado”, abrindo mão do restante de seu tempo, e quando foi citado por Ciro Gomes um projeto de Lei de sua autoria relacionado à liberação de princípio ativo (o qual entendemos ser o PL 4510/2016 referente ao uso de fosfoetanolamina sintética por parte de pacientes com câncer). O candidato do PSL chegou a pedir direito de resposta afirmando que poderiam entender errado a citação do candidato do PDT que contou que o processo de liberação da ANVISA é tão demorado que chega a ocorrer episódios como este do legislador buscar exercer o que seria função da agência.

Boulos repetiu algumas vezes (durante o debate e em entrevista após) a expressão “50 tons de Temer”, com a qual se referia a alguns candidatos, sem os nomear.

Ciro Gomes provocou Bolsonaro perguntando sobre porposta para resolver a situação atual de negativação de grande parte da população no SPC, que devolveu a pergunta dizendo não saber como, após comentar que havia visto Ciro Gomes falar sobre isso. Ciro reiterou que é uma medida possível e garantiu que sabe como fazer e vai explicar mais adiante, deixando (ou buscando deixar) um suspense no ar.

Meirelles foi alvo de críticas à economia durante sua participação no governo.

A candidata Marina Silva manteve sua habitual tranquilidade, esquivando-se de responder claramente sobre a legalização do aborto quando questionada sobre o tema. Citou aspectos relacionados ao “tema complexo, que envolvem questões filosóficas, morais e religiosas”, mas não posicionou-se claramente a favor ou contra a legalização do procedimento.

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