{Foto: Angela Oliveira/ FSF]

Entre os corredores extremamente concorridos de cada um dos pavilhões do Riocentro, bem como em todos os demais espaços adjacentes, muitos e muitos amantes da leitura deixavam bem evidente que o livro impresso continua sendo o grande centro de atenção. O livro revelou-se imbatível diante do seu público que é extremamente fiel. Foi consagrado o maior objeto de desejo nesta Bienal Rio 2025, ao mesmo tempo em que facultava, à Cidade do Rio de Janeiro, o recebimento do título concedido pela Unesco, tornando a Cidade Maravilhosa a “Capital Mundial do Livro”.

E a Bienal fluiu lindamente em seu oitavo dia. Muitos leitores irreverentes nem conseguiam aguardar o retorno ao lar para saborearem as páginas dos livros adquiridos. Era possível avistá-los sentados às margens dos pequenos lagos ornamentais, nos gramados, e até mesmo em algum ponto escolhido no chão dos superlotados corredores. Esses leitores permaneciam algum tempo totalmente concentrados nas leituras que faziam, ignorando toda a gostosa agitação que se fazia à sua volta. Outros, igualmente sentados, acariciavam as capas das obras que levavam consigo; reorganizavam seus livros nas várias sacolas; talvez os preferissem grupados por assunto, ao invés de mantê-los nas sacolas fornecidas pelas editoras. Não cabia incomodá-los para consultar os seus motivos; fazia-se mais valioso apreciar o seu amor aos livros.

É fato incontestável que uma ordeira e festiva multidão, composta por adultos, jovens e crianças, colaborou harmoniosamente para a grandiosidade do evento. As muitas sacolas repletas de livros, que circulavam em mãos satisfeitas pelas aquisições, não deixavam espaço para qualquer dúvida: os livros almejados puderam ser adquiridos na Bienal Rio 2025.

Em meio a esse tão numeroso público presente nesse 20 de junho no Riocentro, um pequeno grupo de três pessoas sentava-se no chão, em um espaço bem próximo às grandes áreas de circulação do pavilhão 3. As suas muitas sacolas estavam sendo reorganizadas; os livros adquiridos tinham os seus títulos observados, e ganhavam novos endereços; mudavam de embalagens. Ali se encontrava a jovem mãe do menino Lucas Rosa, a pesquisadora Franciana Rosa. Ela estava acompanhada do seu lindo filho, e também da terapeuta Rayane Lopes que atende àquela criança tão especial.

Dispondo-se a tecer as suas observações sobre a Bienal do Livro 2025, que está em andamento, Franciana Rosa ressaltou o número de pessoas presentes em cada “rua”, em cada estande; em todos os pavilhões do Riocentro. Ela admitiu que a tão numerosa frequência observada naquela sexta-feira superou as suas expectativas. Afinal, tratava-se de um dia útil; cabia supor um maior volume de visitantes no final de semana. Franciana também ressaltou o quão gratificante foi ver de perto, tão claramente, o interesse da multidão pelos livros disponibilizados. Fazia-se muito evidente que a ampliação de conhecimentos, a propagação da cultura, o mergulho no lazer traduzido por letras bem empregadas, tudo isso continua vivo e pronto a edificar e a bem favorecer positivas alegrias, crescimento e mudanças.

As muitas sacolas, com os diversos livros adquiridos, pontuavam, antes da Franciana Rosa relatar, a grande satisfação dela em relação à Bienal do Livro. Franciana comentou a compra de livros desejados e adquiridos com trinta por cento de desconto, incluindo-se obras que contemplavam a neurociência. Também havia comprado vários outros livros que lhe pareceram irrecusáveis. Daí veio o resultado: um grande número de sacolas cheias de mensagens e de saberes compactados em livros cuidadosamente selecionados.

A terapeuta Rayane Lopes mencionou a feliz oportunidade de encontrar e adquirir livros que lhe serão valiosos, somando no exercício da sua profissão.

O menino Lucas Rosa, ao lado da sua mãe e da terapeuta, evidenciava satisfação com a vivência que lhe estava sendo proporcionada no evento da Bienal do Livro 2025. A participação do Lucas, seguramente, acrescentou, somou à grandiosidade do evento. O autismo não deve mesmo excluir as crianças de qualquer atividade sadia, propiciada com atenção, cuidado e amor. Esse pequeno grande grupo registrou, também em fotos, o seu entusiasmo perceptível e elogiável.

Em outro ponto do Riocentro, uma Kombi muito bem preservada, convidativa no seu claro tom de azul, trazia mais de cem títulos, em livros que se disponibilizou a vender no concorrido evento da Bienal. Segundo informação da funcionária presente no recinto, a Kombi azul seria apenas um elemento decorativo providenciado unicamente para aquela festa literária. Ainda de acordo com os informes da funcionária, a editora em questão não mantém qualquer tipo de atividade itinerante. Fato é que o veículo marcava a sua presença atraente e cativante, atraindo olhares e conquistando atenção.

Quando a noite caiu, uma das áreas externas do Riocentro tornou-se um ponto de atração bastante procurado na Bienal do Livro 2025. Uma grande “Roda Gigante”, muito bem iluminada por cores alegres e festivas, ocupava o espaço denominado “LEITURAS NAS ALTURAS”. Muitas pessoas compunham a longa e bem organizada fila para fazer uso daquela concorrida diversão. Apesar da necessária e demorada espera que conduzia a um assento naquele brinquedo, adultos e crianças aguardavam alegremente a sua vez de experimentar essa novidade que teve a sua primeira participação na Bienal do Livro. Ao desembarcar da “Roda Gigante”, todos exibiam nos rostos um grande contentamento. Algumas pessoas traduziram em palavras o que lhes trouxe aquele momento de inesperada alegria; afirmavam que “foi bom demais!”.

Nos corredores, nos estandes e demais espaços internos do Centro de Exposições do Riocentro, a vida borbulhava efusivamente, sem interrupções, desde a abertura dos portões para o recebimento do seu numeroso público . E prosseguiu assim, com a mesma energia positiva e inesgotável, até que foi chegada a hora obrigatória de encerramento do evento diário. A sexta-feira dessa Bienal 2025 estava encerrada! Porém, esse grandioso evento literário continua!

O tão esperado evento prossegue até o próximo domingo, dia 22 de junho. Ainda há muita oportunidade para comparecer e aproveitar a conceituada “Bienal do Livro 2025 do Rio de Janeiro”. Vivemos, nesta edição, um marco diferenciado; o evento foi prestigiado com o título de “Capital Mundial do Livro 2025”. É uma grandiosa conquista jamais alcançada por uma cidade de língua portuguesa. Cabe, sim, curtir com orgulho esse grande momento da “Bienal do Livro Rio”, que se elevou aos olhos do mundo. O público presente faz-se parte desse momento histórico

Participar da Bienal do Livro Rio 2025 é, realmente, uma excelente opção.