Doar Sangue: resgatar vidas
Neste dia 25 de novembro de 2024, o HEMORIO registrou o seu aniversário de 80 anos, juntamente com os festejos pelo Dia Nacional do Doador de Sangue. Uma dupla comemoração impregnada da mais nobre expressão de alegre empatia.
Situado no centro do Rio de Janeiro, a curta distância da Central do Brasil, e bem pertinho do Campo de Santana, no auge das suas oito décadas de excelente serviços prestados, o Instituto Estadual de Hematologia Arthur de Siqueira Cavalcanti, o conhecido HEMORIO, teve hoje um dia ainda mais especial do que todos aqueles que compõem a sua longa e respeitável trajetória.
Já na entrada do instituto, um belo trabalho em grafite era elaborado por André Rongo, o criador do Museu do Grafite. O quadro destinava-se a receber as assinaturas das pessoas que comparecessem ao local para realizarem a sua doação de sangue, em tão preciosa data. Com a colaboração do seu assistente João Victor Pereira que lhe passava o material selecionado para a confecção da tela, o mestre grafiteiro ia fazendo surgir as imagens que haveriam de compor a beleza da cena por ele idealizada.
Concedendo-se uma breve pausa na produção artística, André Rongo explicou que ali se encontrava a convite da Secretaria Estadual, e que se considerava participando de “um dia de vida; um dia de doar sangue.” Aproveitou o ensejo para convidar a todos para doarem sangue, hoje ou em qualquer outro dia em que haja possibilidade. Acrescentou que “sangue é vida!”
Adentrando à unidade, vê-se na recepção uma grande quantidade de pessoas dispostas a realizarem a nobre ação de doar sangue. Elas preenchem os formulários pertinentes, sentam-se nas numerosas cadeiras disponíveis, e aguardam a chamada para concretizarem o objetivo que as trouxe àquele recinto: a doação. Há doadores voluntários que cumprem rotineiramente essa atividade; há quem esteja iniciando a prática, e existem motivos outros que fazem os doadores comparecerem ao conceituado HEMORIO. Algumas dessas pessoas fizeram as suas colocações; vamos a elas.
O senhor Roberto Silva declarou ser Doador Voluntário há mais de 30 anos. Ele faz a sua doação de sangue rotineiramente, uma vez por ano. Hoje, Roberto chegou ao local sem saber que o HEMORIO comemorava 80 anos; foi uma grata surpresa.
Juliana Rodrigues informou que é doadora desde o ano em que ela completou 18 anos, e que habitualmente faz as suas doações. Acrescentou que, hoje, estava também atendendo a um convite do hospital para realizar o procedimento, já que o pai dela se encontra internado e recebendo bolsas de sangue que lhe são necessárias.
Na mesma recepção, Daniela Souza aguardava a chamada, também já tendo passado pelo preenchimento do formulário. Daniela comentou ser uma “doadora habitual, há um ano.” O motivo que a impele a fazer as doações é “ajudar o próximo, sempre!”
Íris de Lima tornou-se Doadora Voluntária” há 2 anos. A sua primeira doação de sangue foi realizada na zona oeste do Rio; depois, passou a realizá-las no HEMORIO. Explicando o motivo de tornar-se doadora, Íris disse que é “porque ela pode ser a próxima a precisar”, e “porque é bom você se colocar no lugar do outro.” Ela concluiu afirmando que “continuará fazendo sempre as doações de sangue.”
Chegando à sala onde as doações de sangue efetivamente acontecem, alguns doadores quiseram, mesmo com as agulhas bem posicionadas em suas veias, tecer breves comentários sobre o digno ato que era então realizado. Foram ouvidos com o merecido respeito.
O senhor Miguel Atanásio, com imensa tranquilidade e simpatia ímpar, narrou que ele tem 56 anos, e é um Doador Voluntário desde os seus 22 anos de idade. Ele justificou a escolha por manter-se doador habitual ao longo de tantos anos, dizendo que “considera super importante ajudar.” E que, “hoje, ele estava passando, entrou para fazer a sua doação, e descobriu, por acaso, que o instituto estava comemorando aniversário.”
Em outra cadeira de doação, a Elenice Santana se submetia ao mesmo procedimento com a tranquilidade e naturalidade de quem realiza aquela mesma ação rotineiramente. Ao lado da simpática profissional Ana Lúcia Dias, que a atendia e conhecia de muitos outros comparecimentos àquela mesma sala, Elenice informou já ter completado 53 anos de idade, e que há muitos anos vem fazendo doações de sangue rotineiramente. Ela sabe que o fato de ter o sangue do tipo “O Negativo” amplia as possibilidades de que o mesmo possa salvar muitas vidas; salvar pessoas com qualquer outro tipo sanguíneo. Elenice disse ter conhecimento de que “o sangue que ela estava doando hoje seria destinado a uma criança que estava precisando.” Elenice mostrava-se bastante feliz.
A Doutora Thaís Ferraz pôde, muito gentilmente, nos conceder um tempo da sua valiosa atenção. E valeu a pena ouvir atentamente cada palavra do que dizia essa profissional tão segura do que informa, e tão plena de evidente simpatia.
A Doutora Thaís atua no conceituado HEMORIO desde o ano de 2.007. Lá se vão 17 anos de uma dedicação extrema a esta casa que hoje comemora 80 anos. A Doutora comentou que “mesmo diante de um cenário adverso que surja, e seja preciso enfrentar, toda a equipe daquela unidade hospitalar comunga do mesmo ideal que resulta na excelência e no clima tão cordial e cheio de empatia que permeia todos os espaços daquela casa octagenária: dar sempre o melhor atendimento possível; dar sempre o melhor de si”. “Afinal, um hospital é o conjunto de todas as pessoas, de todos os profissionais que atuam dentro dele.”
A Doutora Thaís Ferraz comentou ainda que a Semana do Doador de Sangue já começou com uma grande afluência de voluntários para a necessária doação de sangue. Hoje pela manhã houve um quantitativo ainda maior de doadores comparecendo ao HEMORIO. A tarde se iniciava com uma frequência bastante elevada. Mas, a jovem médica enfatizava que “quanto maior for o número de doações, melhor será. O sangue é necessário sempre.”
Quanto à excelente receptividade e cortesia que pontuam todos os espaços daquele instituto, a Doutora Thaís considera um grande orgulho fazer parte de uma equipe onde todos se empenham em oferecer ainda mais do que o profissionalismo de qualidade. “Orgulho!!!”
Realmente, o orgulho da Doutora Thaís é muito justificado.
Seguindo para o refeitório, onde as pessoas que concluíram a doação de sangue se acomodam e saboreiam o lanche que lhes é oferecido, encontramos alguns outros Doadores Voluntários.
Por exemplo, encontramos a Maria Eduarda Carvalho, uma jovem escoteira do “Grupo 59 Atalaia”, que se localiza em Campo Grande. A Maria Eduarda esclarece que veio hoje, por conta própria, fazer a sua doação de sangue. Foi a segunda vez em que ela se submeteu ao procedimento, e se declarava feliz pela oportunidade de colaborar para que vidas sejam salvas. Pretende seguir fazendo doações anualmente.
A Daiane Judite Santos narrou que começou a doar sangue há quatorze anos, quando o filho de uma amiga dela precisou. Nunca mais parou; realiza uma doação a cada 4 meses. A sua motivação para tão nobre gesto é “a sensação de poder proporcionar vida a quem está precisando.”
O Miguel Ângelo Teles Júnior informa que “sempre foi doador, mas veio hoje doar para um amigo que está necessitando. Nem sabia que era o dia do aniversário do hospital.”
Nilson Lima explica o ato nobre de fazer uma doação de sangue a cada 4 meses. Desde 2017, após doar para um amigo que necessitou, ele e alguns amigos fundaram o “Projeto Funkeiro Sangue Bom” para manterem a rotina de doações de sangue regulares. A motivação do grupo é: “Fazer o bem sem olhar a quem.” E também: “uma doação salva 4 vidas!”
E as encarregadas de servir cada lanche aos doadores, garantindo que o principal ingrediente seja o amor, são as gentis copeiras: Emília Alves e Luciene Albuquerque. Elas esbanjam eficiência, empatia e gentileza.
A semana está apenas começando… É sempre tempo de fazer uma doação de sangue; ela pode salvar até quatro vidas. O HEMORIO está de portas abertas para receber você!