Araruama Literária, Segundo Dia

Neste segundo dia do evento, a Praça Antônio Raposo e o Parque Menino João Hélio mantiveram a positiva energia que norteia a terceira edição da Araruama Literária.

Já às 9 horas da manhã, um show infantil abriu a importante festa. Seguiram-se outras preciosas ofertas culturais, todas elas permeadas de alegria.

A “História Contada” , o Show de Sax, a palestra das “Pretinhas Leitoras”, um show circense, e uma apresentação dos “Saltimbancos” precederam a palestra agendada para as dezoito horas, que iria anteceder a apresentação do cantor Bruno Rigoni, e o Show da Paula Toller, encarregado de fechar a noite com chave de ouro.

Caco Barcelos, sozinho, preencheu o palco, buscou se fazer ao lado de cada pessoa presente, incentivou uma profunda reflexão sobre a realidade que se impõe sobre as vidas dos numerosos pobres e do pequeno quantitativo dos ricos brasileiros.

Abordou a Saúde de excelente qualidade e pontuada de requintes que está ao alcance dos milionários. E trouxe à baila a grande dificuldade que o pobre encontra quando precisa buscar consultas, exames e tratamentos na Rede Pública de Saúde, onde existe grande competência entre os assoberbados profissionais que não conseguem atender a todos os necessitados que se mantêm nas intermináveis filas para obter atendimento.

Passou para o campo da Segurança, pontuando o grande número de mortes que ocorrem, em sua imensa maioria, entre os pobres, os favelados, os negros. A morte escolheria atingir sempre os financeiramente desfavorecidos? Somente os pobres são bandidos?

A Educação privilegiada das crianças ricas foi apresentada em sua enorme diferença para com a Educação que as crianças pobres conseguem obter. Até mesmo o transporte rumo às escolas foi trazido à baila, com a sua gritante diferença entre o que é oferecido aos ricos e aos carentes.

Bem, Caco Barcelos apresentou fatos, números extraídos das estatísticas oficiais, para convidar o público presente a fazer uma reflexão séria e profunda.

Fechar os olhos, tapar os ouvidos e anestesiar a mente não foram mesmo hipóteses oferecidas pelo palestrante. É sempre possível discordar ou se opor a Caco Barcelos, mas não há como negar os dados estatísticos oficiais que se constituíram no fio condutor do raciocínio apresentado.

O tempo voou, e Caco Barcelos encerrou a sua palestra.

A boa música se encarregaria de atrair os visitantes para os seus acordes, até a conclusão deste segundo dia de festividades.

Angela Oliveira

Jornalista, autora desta matéria.

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