Segundo dia da Bienal do Livro Rio 2023: Público entusiasmado e destaque para livro sobre inclusão

Segundo dia da Bienal do Livro Rio 2023: Público entusiasmado e destaque para livro sobre inclusão

[Foto: FATO sem fake]

O segundo dia da grandiosa 21ª Bienal do Livro Rio, sábado (02/09), foi marcado por um público muito empolgado e extremamente numeroso. Todos os espaços do centro de convenções Riocentro, na cidade do Rio de Janeiro, ganharam muita vida, alegria, cor e movimento.

Em todos os concorridos stands dessa Bienal, os livros eram manuseados, selecionados e adquiridos por leitores ávidos pelos tesouros que repousam em cada linha das obras escolhidas.

No stand destinado à Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro (SME-Rio), o livro intitulado “Por que o Renato não usa sapatos?” foi apresentado a um muito interessado público presente.

A leitura dessa obra foi precedida pela apresentação de suas autoras, as professoras Alessandra Barbosa e Lyvia Teixeira, que foram prestigiadas pela presença do menino Ronald, o aluno inspirador daquela bonita história.

O menino Ronald, em sua cadeira de rodas, fez-se acompanhar da sua gentil, responsável e solícita mãe. Ambos marcaram lindamente as suas presenças, com a generosa oferta dos sorrisos espontâneos que lhes são habituais.

Como o Ronald não se expressa verbalmente, foi oportunizado à sua mãe falar por ambos. Ela fez questão de externar a enorme alegria trazida, a ela e ao seu filho, por aquele momento único, de tão positiva vivência.

A dedicada mãe agradeceu por todo o carinho, empatia, acolhimento e dedicação que a Escola Municipal Desembargador Ney Palmeiro, através da sua direção, coordenação, professores, todos os demais funcionários e alunos, oferece ao seu filho. Contou da sua alegria ao diariamente constatar que o Ronald é um aluno perfeitamente incluído no universo daquela unidade escolar.

Ronald acompanhou o discurso materno com uma silenciosa aquiescência, bem evidenciada em seu constante e feliz sorriso.

As autoras explicaram que o livro se tornou a culminância de um projeto que contemplou a sadia curiosidade de outros alunos daquela mesma escola; colegas da turma regular do terceiro ano, que compartilhavam o mesmo horário de recreio; crianças que, repetidamente, perguntavam por que o querido aluno da classe especial não usava sapatos.

Frisaram ainda que aquela obra, tão carinhosamente escrita, é também permeada pelo trabalho e pelo ambiente efetivamente inclusivos que são uma realidade sólida e palpável na escola. Elas enfatizaram que a diretora Natália Tavares e toda a sua equipe incentivam e oportunizam a apresentação de novas ideias que possam vir a somar com as melhores práticas que a escola busca sempre oferecer a todos os seus alunos. Assim, o livro também recebeu apoio e incentivo.

Ao final da entrevista, avisadas que lhes seria feita uma pergunta inusitada, as autoras se prontificaram a responder. Seguramente, elas não esperavam ouvir: “Por que o Renato não usa sapato?

Sorrindo e evidenciando seu bom humor, Alessandra e Lyvia responderam em uníssono: “Você tem que comprar o livro, pra saber.”

Em seguida, a leitura do livro foi realizada. Contudo, não contemplou as páginas finais da obra. Provocando uma vontade de querer saber mais.

Após a leitura, a diretora Natália Tavares e a diretora adjunta da escola fizeram uso do microfone para agradecer à Secretaria Municipal de Educação pela receptividade em seu stand na Bienal do Livro Rio e a todos que se fizeram presentes. No ensejo, parabenizaram as professoras autoras cujo precioso trabalho diário, realizado junto às suas turmas, foi enaltecido.

A diretora Natália também expressou seu agradecimento ao Ronald e sua mãezinha pela presença e participação no evento; a todos os professores e alunos; a todos os responsáveis; a todos os funcionários, sem qualquer exceção. Enfim, ela agradeceu a cada um e a todos que formam a afetuosa, dedicada e inclusiva “família Ney Palmeiro”.

A sucinta resposta sobre como trabalha a escola Ney Palmeiro, coube em poucas e profundas linhas: “A escola trabalha intensamente, com muito amor, buscando construir saberes, e semear positivos valores que se consolidem e se propaguem na unidade escolar e para além de seus muros”.

Perguntada sobre o fato dessa Escola ser tão efetivamente inclusiva, a diretora Natália afirmou que tudo isso começou com a professora Angela, que foi a primeira professora da sala de recursos da unidade escolar e realizou um trabalho maravilhoso, continuado pela professora Regina, que manteve a excelência do trabalho oferecido naquele importante espaço.

Natália acrescentou que a escola mantém viva a certeza de que aos alunos com deficiências deve ser oportunizado o recebimento de todo o apoio, um constante incentivo, e o emprego dos recursos que se fizerem necessários ao bom desenvolvimento do seu potencial.

Angela Oliveira

Jornalista, autora desta matéria.

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