Esse dia 23 de Maio de 2025 cumpriu a triste missão de registrar o falecimento de Sebastião Salgado, ocorrido na França, em Paris; na cidade em que ele residia com a grande e eterna companheira, sua esposa Lélia Salgado.

Aos 81 anos de idade, Sebastião Salgado, esse grande gênio na arte da fotografia, e mundialmente reconhecido como um dos maiores expoentes do universo de registros das imagens plenas de significado; o dono de inúmeras fotos transbordantes de força, leveza; trevas e luz, abraçou o descanso eterno. O mundo não mais terá o privilégio de ver a magia da sua câmera em ação.

O primeiro encontro de Sebastião Salgado com a câmera aconteceu por acaso, muitas décadas atrás. A sua esposa, Lélia, adquiriu a máquina para fotografar prédios que a encantaram enquanto estudante de Arquitetura. Manuseando a câmera, Sebastião resolveu desistir do seu Doutorado em outra área de estudo; ele compreendeu que nunca mais abandonaria a arte de fotografar. A genialidade, somada a um raro dom, despontou exatamente ali.

Nascido no interior de Minas Gerais, Sebastião Salgado contava mais de 120 países visitados, observados e genialmente clicados pela sua imbatível câmera fotográfica.

Em seu “Projeto Gênesis”, Sebastião Salgado registrou a colossal beleza da Mãe Natureza, bem como a destruição que a degrada; a devastação imposta pelo homem. Ele também ganhou a apreciação, o reconhecimento, e os aplausos do mundo, com o documentário intitulado “O Sal da Terra”, mais uma bela obra assinada pela sua genialidade. Esse documentário foi indicada ao Oscar.

Sebastião Salgado fez-se uma referência mundial no Fotojornalismo; foi exímio documentarista, e respeitável sociólogo. Um homem que manteve sempre um olhar humanitário para o mundo, e para a humanidade.

Conduzidos por um efetivo desejo de proteger a mata atlântica, a vida indígena; a vida em geral, Sebastião Salgado e sua esposa, Lélia, criaram o Instituto Terra, em sua região natal. Naquele espaço, organizaram o plantio de mais de 3 milhões de árvores; garantiram os cuidados necessários ao seu crescimento. Promoveram um espetacular reflorestamento.

Hoje, o jornal “Le Monde”, um dos mais prestigiados veículos de comunicação, reverenciou bem mais do que um genial fotógrafo falecido. Reverenciou um grande homem que deixa para o mundo um importante legado, revestido de humanidade.

Na França, acontece uma grande retrospectiva. Nesse evento, são apresentadas muitas relíquias; expressões concretas da arte que permeou a vida do brasileiro Sebastião Salgado, ao longo do tempo em que ele deu vazão à sua genialidade registrada em cada uma de todas as suas fotografias. O público abraça, respeitosamente, a oportunidade de ver os trabalhos expostos.

Sebastião Salgado dizia que “Fotografia é Memória para Contar a História do Mundo”. As preciosas fotografias, que ele nos deixa, haverão de eternizar a sua bela História, que hoje foi encerrada com um respeitoso e sentido adeus.