O dia 21 de Março oferece ao mundo uma oportunidade de melhor conhecer os valores, os anseios, as necessidades individuais e coletivas, das pessoas que têm a Síndrome de Down. Trata-se de uma ocasião que abre as portas a uma maior e mais motivadora análise, com mais foco na apreciação das muitas dificuldades, lutas, conquistas e vitórias que permeiam a realidade e a história do grande número de pessoas nascidas com esta síndrome.
Se, por um lado, a diferença na contagem do número de cromossomos não pode ser vista a olho nu, as características dos traços faciais são evidentes e inconfundíveis; são facilmente perceptíveis. Porém, é na grande fartura dos muitos sorrisos e abraços facilmente distribuídos por essas pessoas que se evidencia o coração generoso, o elemento capaz de produzir aquele jeitinho amável que tão bem caracteriza esse grupo gentilmente especial.
Evidentemente, há diferenças individuais que podem ser encontradas e pontuadas neste e em qualquer outro grupo de pessoas. A diversidade existe, talvez, para tornar a humanidade ainda mais cativante, mais surpreendente; mais completa e digna de ocupar um lugar de destaque em nosso planeta.
Somos todos iguais em nosso direito à inclusão, à participação na vida em sociedade; nessa mesma sociedade que precisa ser, cada vez mais, esclarecida, plural, ética e acolhedora. Porém, somos únicos quanto à necessidade de ferramentas adequadas para que a todos seja igualmente oportunizado alcançar o seu máximo desenvolvimento potencial. É primordial que a equidade se estabeleça, clara, efetiva e definitivamente, para que todas as pessoas, incluindo-se quem tem a Síndrome de Down, possam abraçar o seu direito ao justo e democrático exercício da cidadania plena.
Neste 21 de Março de 2025, cabe reconhecer que muito já foi realizado dentro desse universo especial, mas, ainda há muito a fazer para que todas as pessoas com a Síndrome de Down alcancem a plenitude do respeito e da verdadeira inclusão que lhes são devidos.
