Desfile das Escolas de Samba da Série Ouro do Carnaval do Rio de Janeiro.
Primeiro Dia de Desfiles da Série Ouro.
Neste nove de fevereiro de 2.024, o Sambódromo da Marquês de Sapucaí foi palco de uma grande festa de luz, interpretação, magia, cor, música e alegria. Foi o primeiro dia do desfile das Escolas de Samba da Série Ouro, e as agremiações transferiram a simbologia do valor desse nobre metal para o brilho das suas apresentações.
I – União Parque Acari
A primeira Escola a desfilar foi a União Parque Acari, uma estreante no grupo, que nos apresentou o ILÊ-AYÊ, com os seus 50 anos de Resistência.
Na belíssima e empolgante Comissão de Frente, até mesmo o emprego de um drone, transformado em ave branca como a paz, cumpriu linda e harmoniosamente o seu papel. Encaixou-se na apresentação com a naturalidade, beleza e pertinência comuns a todos os componentes.
Uma Comissão de Frente espetacular; digna de receber a nota dez!
O primeiro casal de Mestre Sala e Porta Bandeira esteve vestido com muita classe, indiscutível bom gosto, extrema beleza e inegável requinte.
A dupla fez uma apresentação irretocável! A harmoniosa relação entre o galante cortejador, o Mestre Sala, e a rainha guardiã do Pavilhão da Escola, a Porta Bandeira, foi mais um rico elemento na grandiosidade bem evidenciada pelo bailado que ambos ofertaram a todos os olhares atentos e maravilhados. Belíssimo espetáculo!
As baianas, em uma ala que respeitava, valorizava e bem trajava as suas componentes, estiveram maravilhosas.
Evoluíram com alegre desenvoltura, beleza, carisma e a certeza de que entregaram o seu melhor, e poderiam aguardar o reconhecimento traduzido em nota máxima.
A Bateria cumpriu o seu papel de coração da Escola! Marcou o ritmo, deu o tom da festa maravilhosa que a União Parque Parque Acari trouxe para o Sambódromo.
A escola estreante chegou mostrando que veio, com muita garra, para disputar o cobiçado título.
II – Império da Tijuca
A Escola de Samba Unidos da Tijuca trouxe, para a Marquês de Sapucaí, uma bela homenagem a Lia de Itamaracá, famosa pelas suas cirandas que já conquistaram o reconhecimento mundial.
No alto dos seus 80 anos de idade, carismática e feliz com a homenagem, Lia de Itamaracá participou do desfile da Escola. Ela abrilhantou o carro que a conduziu ao longo da avenida; mostrou-se uma vibrante explosão de alegria, de disposição e de entrega ao evento.
O primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, usando trajes onde os tons de azul e verde eram presentes, apresentou dignamente o seu bailado. Uma bela apresentação.
A Ala das Baianas, vestida com a predominância das cores azul e amarelo, exibiu o seu perfeito e respeitável giro nota dez.
No Carro Abre Alas, percebeu-se um problema com a fantasia da destaque principal.
Do Samba Enredo, os componentes da Escola pareciam cantar somente o refrão. Entusiasmo, alegria e garra não marcaram presença.
Fantasias com problemas podiam ser vistas também em ala.
A Bateria da “Império da Tijuca” mostrou-se competente, sorridente e carismática, enquanto entregava o ritmo gostoso que deveria contagiar os componentes.
A fantasia da Rainha da Bateria só chegou à avenida quando os músicos já estavam localizados no recuo.
Houve incêndio em um dos carros alegóricos desta Escola, com a necessidade da atuação de bombeiros para dominar o fogo e socorrer alguns componentes que teriam sofrido queimaduras.
Enfim, diferentes dificuldades pontuaram este desfile da Escola de Samba Império da Tijuca. Certamente, essas ocorrências pesarão na definição da sua nota, neste Carnaval.
III – Acadêmicos de Vigário Geral
Com o Enredo focalizando “Maracanaú, o Maior São João do Planeta”, a Escola trouxe o colorido das festas juninas para o Sambódromo.
A numerosa Bateria da Escola cumpriu, com dignidade, a missão de fazer vibrar o som, favorecer o cantar do samba enredo da sua agremiação.
A Comissão de Frente procurou ser bastante didática em sua apresentação.
O primeiro casal de Mestre Sala e Porta Bandeira mostrou-se dinâmico e experiente na execução do seu bailado.
O mau uso do Recurso do Uso de Luzes, onde um pisca-pisca exagerado e sem propósito aceitável acontecia e se repetia ao longo do desfile, foi desagradável para os observadores que teriam preferido apreciar tudo que a Escola pudesse mostrar, sem essa negativa interferência.
Houve problema em um dos carros da Escola, onde a figura exposta na alegoria ostentava um chapéu parcialmente quebrado.
Na dispersão, houve dificuldades para a retirada de um dos carros alegóricos. Após várias tentativas, o carro conseguiu deixar o local da dispersão.
IV – Inocentes de Belford Roxo
O “Esquenta” dessa Escola foi realmente “quente”!…
O Presidente da agremiação explanou a sua revolta pela grande perseguição que a “Inocentes de Belford Roxo” sofreu, por parte do Prefeito de Belford Roxo, segundo afirmativa do Presidente, ao longo dos últimos meses.
E a Escola foi conclamada a entrar com muita garra na avenida, apesar de ter conseguido realizar poucos ensaios.
O Enredo trouxe o trabalho dos camelôs, incluindo Sílvio Santos com seu baú da felicidade. E versou também a respeito da “mercadoria” que nem os camelôs, nem essa Escola, e nem o povo brasileiro aceitam vender: a alegria.
A Bateria muito numerosa, adequadamente vestida com elegância em tons de azul, e com detalhes em ouro, foi um show de atuação. Animadíssima, competente, viva! Uma apresentação de excelência coroada de alegria. Fez o maravilhoso samba fluir e contagiar os componentes da Escola, e o público presente. A perfeita e harmoniosa entrada e saída do recuo foi mais um lindo espetáculo.
As Baianas estavam lindíssimas em seus trajes vermelhos, brilhantes, e de enorme bom gosto. Eram cerca de setenta mulheres que sabiam conduzir brilhantemente a sua própria evolução, preservando, ostentando e transmitindo enorme alegria a quem apreciava a sua magnífica exibição no sambódromo.
O samba, inteligente e criativo, pleno de sentido, encontrou eco nos foliões.
Fantasias lindas e pertinentes povoaram o universo da “Inocentes de Belford Roxo”.
O Recurso de Luzes foi usado também por esta Escola. Infelizmente, não acrescentou positivamente a nenhuma agremiação.
O enorme Carro Abre Alas era um cuidadoso misto de imensa beleza com perfeita adequação ao enredo. Lindo demais!
A Comissão de Frente da Inocentes de Belford Roxo esteve excelente, em sua apresentação superlativa, espetacular! Uma comissão nota dez!
Os destaque estiveram irretocáveis em suas participações.
A Escola passou com beleza, garra, samba nos pés de todos os componentes! Com o samba na ponta da língua! Vibrando! Vivendo o seu Carnaval que tornou muito nosso.
V – Estácio de Sá
Comissão de Frente interessante e eficiente.
Primeiro Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira se mostraram esplêndidos em suas atuações!!! Ricamente trajados em vermelho e preto, evidenciaram o mais feliz entrosamento, em sua parceria vibrante e harmoniosa; no seu bailado perfeito.
A Bateria foi alegre, eficiente, e colorida.
As fantasias da Estácio estavam lindas, ricas e claramente relacionadas ao enredo.
Baianas, usando as cores branca, amarela e laranja, envergavam trajes menos bonitos do que as fantasias vistas em outras alas.
A Escola veio para o sambódromo muito rica, imponente e grandiosa! No início do seu desfile, chegou a levantar a Sapucaí.
Os componentes cantavam o samba, alegremente.
Infelizmente, a Estácio excedeu o tempo regulamentar previsto para o desfile de cada uma, e de todas as suas coirmãs. Isto conduzirá à perda de alguma pontuação.
VI – União de Maricá
Tendo sido beneficiada com o recebimento de 8 milhões de Reais da Prefeitura de Maricá, para a compra da sua quadra e a realização do Carnaval, essa Escola estreia, plena de recursos financeiros, na célebre passarela do Sambódromo da Cidade do Rio de Janeiro.
Com o enredo “Esperançar do Poeta”, Maricá se apresentou com luxo e categoria.
Bateria luxuosamente trajada, numerosa, colorida e alegre, ditou o ritmo da Escola, com direito a paradinhas.
Comissão de Frente elétrica, dinâmica! São 15 componentes , com muito samba no pé, evoluindo magistralmente sobre um pandeiro (alegoria).
“Mestre Sala e Porta Bandeira” apresentaram-se rica e lindamente trajados. Foram embalados pela sintonia do grupo, bem evoluindo com a sua Escola até exibirem toda a perfeição do seu bailado. Linda performance! Excelente e digna apresentação do pavilhão da “União de Maricá”.
A “Ala das Baianas” evidenciou grande luxo na riqueza das suas fantasias, onde os tons de dourado e rosa se reuniram. Talvez fosse possível obter melhor resultado nos trajes das componentes de tão importante e tradicional grupo.
O segundo casal de “Mestre Sala e Porta Bandeira” desfilou envergando belíssimas fantasias onde o vermelho profundo acrescentou ainda maior requinte às suas ricas vestimentas pontuadas de extremo bom gosto. O casal esteve realmente maravilhoso!
A Escola de Samba “União de Maricá” coloriu, embelezou e encantou os foliões presentes no Sambódromo. Encerrou o seu desfile parecendo ter a certeza de que ali, naquela famosa passarela do samba, era mesmo o seu lugar!
VII – Acadêmicos de Niterói
Com o enredo “Catopês, um Céu de Fitas”, a Escola trouxe os seus componentes para a Sapucaí. Encerrou os desfiles, iniciados na noite de sexta-feira, sob as luzes do amanhecer do sábado de Carnaval.
O número de componentes, que a “Niterói” fez chegar ao Sambódromo, pareceu reduzido e preocupante, em função de haver um tempo mínimo exigido para o desfile das agremiações.
Na “Comissão de Frente” o giro das fitas coloridas no entorno das calças brancas dos “marujos” remetia aos festejos e a muita alegria.
“Mestre Sala e Porta Bandeira” talvez pudessem ter sido poupados do uso de aparentes retalhos na construção de seus nobres trajes. A saia da Porta Bandeira exibia luxo e grande beleza. O traje do Mestre Sala deixou a desejar.
O exagerado uso do recurso duvidoso do efeito das luzes desfavoreceu a Escola.
A Bateria esteve alegre, envergando o seu traje branco adornado de fitas coloridas. Fez um digno trabalho.
O samba não ajudou a Escola em seu desfile pela avenida. Não cativou o público; não motivou; não obteve eco entre os foliões.
As Baianas de Niterói deram o seu recado. Em seus trajes bem elaborados, em um tom vermelho vivo bem acentuado, elas marcaram presença no Sambódromo.
E assim foi encerrado o primeiro dia de Desfile da Série Ouro, no Sambódromo do Rio de Janeiro/2.024.
Segundo Dia de Desfiles da Série Ouro.
I – Sereno de Campo Grande
Abrindo o espetáculo da noite, a Escola de Samba Sereno de Campo Grande apresentou o seu Carnaval na Marquês de Sapucaí, desenvolvendo um enredo sobre o “Dia 4 de Dezembro, Iansã e Santa Bárbara.
A Bateria, trajando vermelho, mostrou grande competência e realizou o seu trabalho com vibração, garra e entusiasmo.
A Comissão de Frente esteve linda! Emocionou ao trazer a conhecida figura do “Pagador de Promessa”, imortalizado em sua intensidade pelo cinema nacional.
As baianas evoluíram, honrando a tradição, com a sua marcante presença. Seus trajes dourados talvez remetessem também ao reconhecido valor que a Ala das Baianas tem, no maravilhoso universo das Escolas de Samba.
Mestre Sala e Porta Bandeira, trajando vermelho e dourado, evoluíram com beleza e dedicação, cumprindo a honrosa missão de apresentar e proteger o pavilhão da sua Escola.
Em todos os componentes da “Sereno de Campo Grande”, as fantasias exibiram muito luxo, cor, bom gosto e alegria.
As alas, bem organizadas e dominando a pista de evolução, presenteavam o olhar mais distanciado com a deliciosa visão daquele mar de lindas cores sabiamente dispostas, que se sucediam em uma grande festa, onde imperava a magia do encontro do belo com a mais perfeita harmonia.
Assim, a “Sereno de Campo Grande” presenteou o Sambódromo com a sua belíssima participação.
II – Em Cima Da Hora
A Escola apresentou um firme desabafo emocionado que precedeu a sua entrada na Sapucaí, a passarela do samba.
A “Em Cima Da Hora” não fez uso do novo Recurso de Iluminação. Perfeitamente iluminada, permitiu que a beleza, grandiosidade, brilho e magia da Escola fossem bem apreciados ininterruptamente. Cada um de seus maravilhosos detalhes pôde ser claramente visto, sem qualquer momento de escuridão.
A Bateria, numerosa e competente, trajando macacão azul e capacete dourado, entregou um belíssimo trabalho. Levou a esperada batida, o som da Escola para o Sambódromo, com belíssima performance.
O povo trabalhador, os operários, foram lembrados na Bateria da Escola de Samba Em Cima Da Hora, com exuberante alegria.
A Comissão de Frente trouxe a representação de um povo trabalhador para brilhar na avenida. Simples, sem utilizar os grandes carros ou espetaculares alegorias, a “Em Cima Da Hora” ousou com enorme categoria, Provou que o aparente “menos” pode se revelar “Mais”, muito MAIS!!!
O primeiro casal de Mestre Sala e Porta Bandeira, lindamente trajado em azul, verde e dourado, apresentou um belíssimo cortejo, compondo harmoniosamente com a perfeita condução e apresentação do pavilhão da Escola.
O Carro Abre Alas era composto por dois carros acoplados, e se mostrou espetacularmente belo; enorme nas suas dimensões e grandioso na soma de todos os seus objetivos, que foram lindamente alcançados.
Causou surpresa, na Ala 2, a representação do que seria um “Manifesto Comunista”, na visão do carnavalesco desta Agremiação.
As Baianas desfilaram a sua bela, digna e tradicional representatividade, envergando os seus trajes onde as cores azul e verde eram preponderantes. Simplesmente lindas!
O “Pai dos Trabalhadores”, Getúlio Vargas, foi lembrado na Ala 4 da Escola.
“Os Retirantes” estiveram representados na Ala 7, e tiveram preservada a dignidade, resiliência e garra que lhes são inerentes.
Na Ala de Passistas, onde as belas fantasias ostentaram as cores branco, azul e preto, o passo coreografado mostrou que pode mesmo acrescentar em graça e beleza à indiscutível grandiosidade do samba no pé, que é de total domínio desses tão admirados componentes, que gingam também com a alma e o coração.
O samba da Escola decolou. Os componentes cantaram animadamente, empolgados e vibrando muito com o desempenho da sua Bateria, que deu um show irretocável, do início ao final do desfile da grande “Em Cima da Hora”.
III – Arranco do Engenho de Dentro
Evoluindo com a certeza da Doutora Nise da Silveira, a grande Psiquiatra brasileira, de que “Manicômio Nunca Mais”, a Escola fez a sua belíssima apresentação na passarela da Sapucaí.
A “Bateria da Arranco”, fantasiada de “Pintores da Alvorada”, fez vibrar o ritmo da Escola com muita garra, competência e alegria.
O samba leve e empolgante também contribuiu para deixar muito claro, a todos os foliões presentes no Sambódromo, o enredo apresentado pela escola. Um enredo que soube se valer de soluções criativas para questões necessariamente pontuadas.
Porta Bandeira e Mestre Sala estiveram lindamente trajados em maravilhosos tons de azul que brincavam entre si, com perfeita harmonia.
O casal esteve magnífico na arte de bem apresentar o tão amado pavilhão da Escola, no cortejo realizado, na alegria de cumprir com amor a sua nobre missão.
Na Comissão de Frente da Arranco do Engenho de dentro, os pacientes, as macas, as camisas de força e os severos profissionais de um manicômio imaginário, deram claramente o seu recado. Mostraram que o tratamento para a recuperação do paciente psiquiátrico deve ser permeado de amor, pontuado pela arte, e iluminado pelo conhecimento nas áreas da Ciência e da boa Medicina realmente Humanizada.
O “Pede Passagem” da “Arranco” apresentou a colorida imagem de um caos instalado, mas também exibiu o nome da Escola que pontua boas soluções.
As Baianas, com as suas vestimentas brancas onde círculos coloridos se sobrepunham, cumpriram dignamente o seu papel. Evoluíram harmoniosamente no contexto da sua Escola.
Os Carros Alegóricos se mostraram extremamente inteligentes, muito coloridos e intensamente imbuídos da tão esperada alegria do Carnaval.
Com a participação entusiasta, agradecida e feliz, da família da Doutora Nise da Silveira, a “Escola de Samba Arranco do Engenho de Dentro” encerrou o seu belíssimo desfile.
IV – União da Ilha
Com o enredo “Doum e Amora, Crianças Para Transformar o Mundo”, a Escola apresentou o seu belo Carnaval 2.024, onde a mensagem anti racista foi marcante.
No Samba Enredo trazido para a Sapucaí, a “União da Ilha” orgulhosamente alardeia que “A Ilha é a voz do povo preto, lutando por justiça e respeito”. Este samba “pegou” firme, e encontrou eco na Sapucaí.
A numerosa Bateria, usando fantasias leves e coloridas que remetiam ao título “Festa de Erê”, conduziu a Escola ao longo da Passarela do Samba, com toda a sua reconhecida competência.
A belíssima fantasia da Rainha de Bateria da Escola, em seus “Mil Tons de Esperança”, compôs muito bem com a beleza e desempenho da soberana.
A Comissão de Frente mostrou-se muito ágil, dinâmica e comprometida em oferecer o seu melhor desempenho para a evolução da Escola.
A integração entre a apresentação do casal de Mestre Sala e Porta Bandeira com a Comissão de Frente foi mais um marco positivo na apresentação da “Ilha”.
Mestre Sala e Porta Bandeira estavam totalmente lindos, envergando as suas luxuosas indumentárias. Os tons de ouro velho e preto estabeleceram perfeita comunhão; a leveza das plumas em belíssima profusão agregou suave magia; cada um dos detalhes somou para o maravilhoso resultado final dos figurinos. E tudo isto foi coroado pela magnífica Evolução do casal. Um espetáculo!
As coloridas Baianas se fizeram presentes com toda a sua beleza, tradição, dignidade e magia. Elas cumpriram muito bem o seu importante papel.
Ala com Passo Coreografado também trouxe mais um lindo e alegre espetáculo; mais uma das preciosidades que o tesouro do samba pode ostentar ao longo da sua tradicional Passarela do Samba.
A volta do Destaque de Chão, caminhando o seu luxo e beleza pelo asfalto, foi uma bela surpresa. Somou lindamente e acrescentou a outras maravilhas trazidas pela “União da Ilha”.
A Ala das Crianças, em sua “Ciranda dos Orixás”, trouxe a graça, o frescor e o alegre dinamismo infantil, dentro do tão maravilhoso universo do Carnaval.
Na Ala das Passistas, além da esperada beleza do “samba no pé”, lindamente apresentado em perfeita sintonia com o ritmo da Escola, havia o bailado das cores promovendo e disseminando alegria.
A Ala dos Compositores desfilou animadamente, exibindo a sua felicidade plena de cor e de alegria.
A Velha Guarda, representando os “Baluartes da Memória Preta”, trouxe para o Sambódromo toda a sua valiosa sabedoria, e desfilou a sua grandiosidade.
Os Carros Alegóricos belíssimos e gigantescos, bem como o maravilhoso colorido, igualmente presente nas fantasias da Escola, encantaram o Sambódromo.
Assim, a “União da Ilha” passou lindamente pela Avenida do Samba.
V – Unidos de Padre Miguel
A Escola da Vila Vintém, com o enredo “O Redentor do Sertão”, marcou muito positivamente a sua presença na Marquês de Sapucaí. A carismática “Unidos de Padre Miguel” percorreu o Sambódromo lindamente rica, com as suas fantasias e alegorias exibindo um perfeito casamento entre a beleza, a coerência e o mais acentuado bom gosto.
A numerosa Bateria da “Escola de Samba Unidos de Padre Miguel”, envergando a sua elegante farda roxa e o capacete dourado com detalhes em roxo e azul, apresentou-se muito quente, vibrante, alegre e empolgante. Os chocalhos deram um lindo show inicial.
Esta Bateria espetacular, dona do seu ritmo irretocável, e ciente da sua alegre competência, passou fazendo vibrar a Marquês de Sapucaí, e conduzindo a Escola com ritmada perfeição ao longo de todo o sambódromo, contagiando os foliões presentes.
A Rainha de Bateria da “Unidos de Padre Miguel”, usando uma linda fantasia em tom de lilás suave, exibiu perfeita sintonia com o visual dos trajes dos ritmistas. E fez um excelente uso do samba espetacular que a união daqueles instrumentos magicamente produziam para bem apresentar a sua ginga real.
O Abre Alas entrou em cena, desfilando na Sapucaí, para deixar apreciar toda a sua indiscutível beleza, todo o seu requinte. Trouxe cerca de dezenove magníficas esculturas, oportunizando a apreciação do tesouro da arte, exibida a céu aberto na Passarela do Samba.
Foi um Abre Alas realmente espetacular!
A Comissão de Frente, com a sua gigantesca alegoria, onde o dourado, o laranja e o amarelo estabeleceram uma bela sintonia, buscou remeter à Anunciação do Deus Menino que foi ali também encenada com maestria.
Mestre Sala e Porta Bandeira estavam absurdamente lindos!
A saia espetacular da Porta Bandeira exibia a graciosa leveza das belas plumas pretas. O Corpete, com belíssimo emprego do tom dourado, somava à saia para conseguir o resultado… perfeição!
O Mestre Sala trazia, às costas, a mesma suave beleza das plumas, estabelecendo harmoniosa sintonia com a sua dama e Rainha, a Guardiã do Pavilhão da Escola, também no aspecto visual.
No busto, o Mestre Sala exibia também uma luxuosa elegância, elaborada em branco, dourado e preto. A calça branca encerrava a linda composição visual do traje.
O bailado mágico, perfeito e irretocável do importante casal enriqueceu e iluminou a Passarela do Samba, com toda a sua graça, entrosamento e vibrante energia. Foi uma performance realmente maravilhosa!
No “Pede Passagem”, o folclórico “Boi” fazia menção à importância da Literatura de Cordel, uma indiscutível preciosidade nacional digna de todos os louvores.
As belíssimas fantasias se mostraram criativas, inteligentes, ricas e coloridas. Foram uma explosão de evidente bom gosto e infinita inspiração.
As Baianas estavam, no mínimo, lindíssimas!
Respeitadas e prestigiadas no muito que representam para o universo do Carnaval, elas giravam lindamente, com toda a perfeição, sintonia e graciosidade, dentro do ritmo ditado pelo empolgante Samba Enredo.
Baianas lindas, valorizadas e felizes.
A Ala das Crianças, com toda a sua graça, samba e alegria infantis, alinhou-se perfeitamente ao lindo corpo da Escola. Mais uma preciosidade cultivada na “Unidos de Padre Miguel”.
Na belíssima e tão ricamente fantasiada Ala “De Malas Prontas Para o Céu”, o passo coreografado se revestiu de beleza, graciosidade e total vibração, sob o ritmo do empolgante samba da “União de Padre Miguel”. Uma belíssima e cativante apresentação.
Enfim, mostrando-se magnífica do início ao fim do seu desfile, a “Unidos de Padre Miguel” cumpriu maravilhosamente o seu compromisso para com o Carnaval 2.024.
VI – São Clemente
A “São Clemente” trouxe para a Sapucaí uma grandiosa homenagem ao Zé Catimba, e à sua cidade de Guarabira.
A Bateria, usando terno na cor rosa com detalhes no tom pink, cumpriu muito bem o seu papel. Apresentou um belo Show de ritmo e alegria.
A Rainha da Bateria desfilou com um dos seus braços na tipoia, em decorrência de um recente tombo de moto que não impediu o cumprimento do compromisso da soberana para com a sua amada São Clemente.
Mestre Sala e Porta Bandeira envergaram lindamente os seus preciosos trajes onde os tons de preto e dourado encontraram eco na beleza marcante das suas fantasias.
Estiveram vibrantes, seguros e mágicos na apresentação do seu bailado perfeito.
A Comissão de Frente, com o seu belo violão na alegoria, trouxe quinze homens, todos espetaculares na realização dos seus passos e na mágica usada para a transformação dos seus trajes que terminavam por exibir o nome da Escola.
As Baianas brilharam em seus tons de dourado, amarelo e laranja. Estavam lindíssimas em seus giros repletos de graça e tradição.
No Abre Alas, Zé Catimba e Guarabira eram reverenciados.
A Ala de Passistas deu show de “samba no pé”, graça e alegria, com as suas belas fantasias leves e coloridas.
Um dos Carros Alegóricos da Escola de Samba São Clemente foi usado para enaltecer a grande “Imperatriz Leopoldinense”, campeã do Grupo Especial no Carnaval do ano de 2.023.
Todos os Carros Alegóricos da Escola cumpriram o seu propósito e acrescentaram, com as suas cores e beleza, ao desempenho da São Clemente na Passarela do Samba.
Ao ritmo do samba enredo, cantado com entusiasmo pelos seus componentes, a escola desenvolveu e concluiu o seu desfile.
VII – Unidos de Bangu
Com o enredo “Jorge da Capadócia”, a Escola de Samba Unidos de Bangu trouxe o seu esperado Carnaval para o sambódromo.
O samba enredo não conseguiu empolgar; não foi abraçado e cantado pelos foliões presentes na Sapucaí.
Mestre Sala e Porta Bandeira se apresentaram lindamente trajados, e presentearam os observadores com um lindo bailado altamente elogiável.
A Comissão de Frente, representando os “Guerreiros da Capadócia”, revelou-se espetacular nas suas exibições ao longo da Passarela do Samba.
No tripé da Comissão de Frente, o “Cavalo de São Jorge” era erguido por um elevador, para ser exibido à multidão.
A caracterização dos personagens, bem como a sua atuação, foi capaz de arrebatar e encantar todos os olhares dos foliões presentes na Sapucaí.
A Ala Coreografada exibiu um belo samba, muito charme e indiscutível beleza.
As Baianas da “Unidos de Bangu” marcaram a sua presença com a garra, dignidade e beleza que são parte integrante da grandiosidade e tradição desta ala, sempre muito respeitada e apreciada ao longo de todos os carnavais.
As Alegorias da Escola não chegaram a despertar uma positiva apreciação, ou conquistar maiores aplausos.
VIII – Império Serrano
Iniciada a cronometragem para o desfile da “Império Serrano”, o carro de som apresentou um defeito.
Não sendo este recurso uma responsabilidade de nenhuma das Escolas de Samba, o cronômetro acabou sendo zerado e só voltou a ser acionado quando o problema foi reparado, e a Escola pôde começar a sua apresentação.
Com um enredo que pontuava saberes e valores do Candomblé, a Escola iniciou, linda e gigantesca, o seu desfile pela Passarela do Samba.
A numerosa Bateria surgiu linda e dignamente bem trajada em branco e prata, e usando elegante chapéu para bem complementar o visual do grupo.
O maravilhoso ritmo, que a Bateria da “Império Serrano” trouxe para “sacudir” a avenida, foi realmente espetacular.
O luxuoso Abre Alas gigantesco e belíssimo, onde predominava um intenso tom de azul, arrancou surpresa e encantou o público nas arquibancadas.
Na Comissão de Frente, representando as “Mães do Candomblé”, mulheres totalmente vestidas de branco, e usando turbantes que se iluminavam, realizaram belíssima apresentação.
Mestre Sala e Porta Bandeira flutuaram em preto, laranja e prata. Estavam lindamente trajados, enquanto faziam a sua espetacular apresentação diante de cada um dos postos de jurados e diante da encantada multidão.
As Baianas ganharam a avenida com os seus trajes elegantemente elaborados nas cores azul e verde. A ala tão reconhecidamente tradicional cumpriu elegantemente o seu papel.
A Rainha de Bateria da Império Serrano apresentou o seu belo samba com a linda fantasia elaborada nas cores branco e prata, e ultimada por um costeiro onde as penas coloridas teciam um efeito encantador.
A Velha Guarda desfilou trajando branco, feliz e satisfeita por receber a consideração, reconhecimento e carinho merecidos.
Homens e mulheres estavam elegantíssimos! Eles usavam ternos impecáveis e chapéus, enquanto as mulheres envergavam os seus belos vestidos longos.
Infelizmente, ao longo do desfile, um dos carros da Escola apresentou um significativo vazamento de óleo. Isto poderá prejudicar a avaliação da “Império Serrano”, acarretando a perda de pontos atribuídos pelos jurados a esta conceituada agremiação.
E a “Império” concluiu a sua tão aguardada apresentação no Sambódromo do Rio.
IX – Unidos da Ponte
Com o Enredo de “Tem-dem-dem…”, a Unidos da Ponte chegou ao Sambódromo buscando apresentar um Carnaval alegre e criativo.
A numerosa Bateria se apresentou alegre e ritmada.
A opção de não conduzir os ritmistas ao segundo recuo surpreendeu, posto que a Escola estava bastante adiantada, e havia alguma preocupação em relação ao cumprimento do tempo mínimo de evolução da agremiação na Passarela do samba.
O Tempo Mínimo de Evolução da Escola era de 45 minutos, e foi cumprido com dificuldade. Foi necessário promover o aumento de espaços entre algumas das alas.
O Samba Enredo não conseguiu empolgar. Seguiu morno, cumprindo o objetivo de conduzir os componentes ao longo da Passarela do Samba.
A “Comissão de Frente da Unidos da Ponte” procurou bem apresentar o seu belo trabalho.
Mestre Sala e Porta Bandeira, que já somam quatro anos de harmoniosa participação conjunta, apresentaram o seu bailado lindamente ritmado, entrosado; quase mágico em sua tão perfeita execução. Maravilhosa apresentação!
O casal estava simplesmente lindo, envergando luxuosos trajes belíssimos que se desenharam priorizando as cores vermelho, laranja, preto e dourado.
O Segundo Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira esteve igualmente maravilhoso, em todos os aspectos observados.
As coloridas Alegorias transbordaram originalidade, sendo que algumas delas estavam banhadas em dendê.
A numerosa e potente Bateria conduziu a Escola com toda a sua animação, ritmo bem marcado e grande alegria.
A Comissão de Frente encantou com a apresentação do seu belo trabalho.
As Baianas se apresentaram em branco e rosa. As saias delas guardavam uma certa maior distância do asfalto.
A Velha Guarda desfilou bem acomodada no carro que lhe foi reservado. As mulheres estavam elegantemente vestidas em azul-claro, estabelecendo uma harmonia análoga com os trajes masculinos que exibiam um belo tom de azul intenso.
Passistas, usando trajes produzidos em cor-de-rosa, exibiram-se com alegria, competência e entusiasmo.
Uma enorme alegoria pôde ser vista parcialmente tombada, durante o desfile, ao longo da Passarela do Samba. Isto poderá levar a Escola à perda de alguns pontos.
O Abre Alas apresentou um problema durante o desfile, mas foi possível sanar a dificuldade e concluir o desfile.
A terceira alegoria deixou visíveis alguns problemas relativos ao acabamento necessário.
Após conseguir cumprir o tempo mínimo de desfile, a “Unidos da Ponte” concluiu a sua apresentação na avenida.