Neste ano de 2024, as comemorações da importante data, estabelecida em 2007 pelas Nações Unidas, acontecem nesta terça-feira. É um dia que se torna cada vez mais especial aos olhos do mundo, que vem tomando conhecimento da farta dose de emoções, vivências atípicas, barreiras e discriminação, enfrentadas pelas pessoas autistas, suas famílias e/ou cuidadores, ao longo da existência, nos mais diversos setores da sociedade convencional.

É necessário que todos venham a se inteirar da realidade que permeia o universo dos indivíduos com autismo, até para melhor possível interação pretendida ou ocasional. Mas é gritantemente imprescindível que os autistas recebam toda a melhor atenção, os cuidados no tempo certo, e as orientações dos profissionais abalizados. Eles devem ter acesso aos tratamentos adequados, e receber as intervenções personalizadas, que possam beneficiar a cada um, de acordo com as suas diferentes necessidades. Cabe frisar que nenhuma pessoa com autismo é igual a uma outra que tenha recebido esse diagnóstico.

Aqui no Brasil, a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com o Transtorno do Espectro Autista foi instituída através da Lei número 12764/2012. A mencionada Lei define que os indivíduos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) sejam considerados pessoas com deficiência, para todos os efeitos legais.

Através do SUS, os pacientes com essa condição, as pessoas com autismo, podem receber assistência por meio da “Atenção Especializada da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência”.

Embora seja um transtorno crônico, (uma condição de saúde caracterizada por desafios em habilidades sociais, dificuldades na comunicação com comportamentos repetitivos) e não seja uma doença, existem esquemas de tratamento destinados aos indivíduos com TEA. Esses tratamentos devem ser iniciados, com a maior brevidade possível, assim que o diagnóstico seja elaborado.

Uma Equipe Multidisciplinar deve avaliar, desenvolver e aplicar um “Programa de Intervenção Personalizado” para cada caso; uma intervenção específica e diferenciada será destinada a cada indivíduo. As terapias recomendadas podem auxiliar as pessoas autistas a estabelecerem uma melhor relação com o mundo à sua volta.

Desde o ano de 1999, a fita estampada com peças coloridas de quebra-cabeça foi adotada como sinal universal de conscientização sobre o autismo. Em suas diferentes cores, a fita remete à diversidade de pessoas e famílias que convivem com o TEA, o Transtorno do Espectro Autista. O uso das cores mais fortes visa representar a esperança nos tratamentos, e o esperado acolhimento da sociedade em geral para com essas pessoas.

Neste ano de 2024, a Organização das Nações Unidas, a ONU, promove um evento virtual intitulado “Passando Da Sobrevivência Para a Prosperidade”.Nesse evento, indivíduos autistas compartilham perspectivas regionais.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a OMS, é possível que tenhamos mais de dois milhões de pessoas autistas vivendo hoje em solo brasileiro. A cada uma delas, aos seus familiares e cuidadores, a nossa empatia, todo respeito e consideração.

Que a inclusão plena, de fato e de direito, nos seja uma realidade muito próxima.

Que o “2 de Abril” siga alargando horizontes, informando mais e melhor a toda gente sobre as verdades do autismo, anulando o preconceito e a discriminação. Que a esperança, traduzida nas cores fortes da fita que é sinal universal de conscientização sobre o autismo, em breve represente um… “missão cumprida e vitória alcançada!” Melhores dias virão!