Com a programação anunciada, Araruama se preparou para encantar moradores e turistas que sempre aguardam, bem motivados, os acontecimentos mágicos que contemplam a confecção dos tradicionais “Tapetes de Sal de Corpus Christi”. Essa atividade se desenvolve durante a noite de 29 de maio; invade a madrugada, e resulta concluída no raiar do dia 30; é quando as efêmeras obras de arte se somam para compor toda a imponência, emoção e alegria dos eventos religiosos e culturais que marcam a ocasião.

Este tão esperado 30 de maio amanheceu espetacularmente lindo, com um céu azul maravilhoso cobrindo a Cidade de Araruama. A natureza mostrou-se amiga do evento.

Nas primeiras horas da manhã já era possível encontrar, nas ruas adornadas, muitos olhares ávidos por apreciarem a beleza dos “Tapetes de Sal” de Araruama. As pessoas percorriam os trajetos onde as obras se mantinham expostas, decorando o asfalto e encantando as retinas dos observadores. Diante de tamanha beleza, tempo parecia escoar por entre os dedos.

Às 16 horas, na Praça Menino João Hélio, aconteceu a solenidade de “Adoração ao Santíssimo Sacramento”, com a participação de um número imenso de cristãos araruamenses, e de visitantes que se irmanavam aos moradores na emoção de tão belo ato.

Às 17 horas, finda a solenidade inicial, a enorme massa humana, ordeira e religiosa, seguiu lentamente em procissão, desde a Praça Menino João Hélio, até à Igreja Matriz de São Sebastião. O longo trajeto levava os pés dos devotos a pisarem, emocionados, as superfícies preciosas e efêmeras das “obras de arte”, os “Tapetes de Sal de Corpus Christi, que cobriam o asfalto privilegiado, decorado para o evento. Pisavam “telas maravilhosas” produzidas tão somente para aquele acontecimento; aquelas obras tinham vida breve, mas guardavam profundo significado.

O cortejo era elegantemente precedido por um grupo de policiais militares uniformizados, pilotando as suas motos. Em seguida, vinham os sacristãos, os coroinhas, e as senhoras e os senhores da comunidade católica, usando os seus impecáveis jalecos brancos.

Logo depois, um diferenciado caminhão de som aparecia, trazendo os músicos e a cantora posicionados no alto do veículo adaptado para conduzi-los em segurança. Aquele transporte, com os seus recursos específicos, fazia ecoarem as músicas, os hinos de fé, que a multidão também cantava. O veículo e os seus ocupantes cumpriam lindamente a sua missão: ocupavam-se de encantar a todos, ao longo do caminho, e conduziam os fiéis naquela sua bela manifestação de fé.

Como segundo veículo posicionado no cortejo motorizado, um carro branco, encimado por um giroscópio iluminado, transportava o Secretário de Segurança do Município de Araruama.

Depois do carro branco, uma UTI Móvel seguia atentamente a ordeira multidão cristã que abrilhantava o evento com os seus cânticos, suas preces, sua fé.

Ultimando a parte motorizada da imensa procissão, uma viatura policial militar seguia em respeitoso silêncio.

Em chegando à frente da Igreja Matriz de São Sebastião, a multidão foi subindo lenta e organizadamente as escadarias; foi preenchendo harmoniosamente os jardins e demais espaços externos da igreja, onde a missa campal viria a acontecer minutos depois. Crianças de todas as idades, adultos, e idosos ostentando os seus cabelos totalmente brancos, se irmanavam naquele ambiente extremamente amigável, que o amor pelo sublime tornava gratificante e acolhedor.

Após a missa, realizada a céu aberto para a convicta multidão, um show da banda católica “Frutos do Eterno” se apresentaria para todos os presentes.

Em frente à igreja, o carro branco, com o seu giroscópio então desligado, bem como a ambulância, os policiais com as suas motos, e a viatura policial, permaneceram atentos e respeitosamente estacionados ao longo do meio-fio, naquela rua que se mantinha interditada para a realização do evento que trans correu pacificamente em toda a sua extensão. A prevenção ali se desenhava positivamente oportuna.

Dentro da Ambulância UTI Móvel, encontrava-se o Motorista Daniel Alves, que conduziu o veículo sempre com total eficiência, redobrada atenção e todo o cuidado necessário. Também ocupando o banco dianteiro da ambulância, a Enfermeira Verônica Lira esteve todo o tempo com a atenção voltada a tudo que se descortinava dentro do seu horizonte visual, no que concerne às pessoas que compunham o evento. Se houvesse alguma necessidade, a Enfermeira Verônica estaria pronta a rapidamente intervir e efetuar um primeiro atendimento necessário a bem atender aos cidadãos participantes daquele evento marcado pela ordem, beleza e harmonia evidentes.

A Enfermeira Verônica confirmou o que já se evidenciava aos olhos mais observadores. Não aconteceu qualquer incidente ou acidente; nenhum participante da grande festa cristã apresentou sequer um desconforto no campo da saúde. Não foi preciso efetuar um único atendimento clínico, desde o início do evento, ainda na Praça Menino João Hélio, até à chegada de toda a multidão à Igreja Matriz de São Sebastião, onde o importante acontecimento social e cultural seria concluído. Oportunamente, os cuidados para com a saúde da população também pontuaram os tradicionais festejos de Corpus Christi.

Araruama voltou a apresentar uma grande festa de cultura, fé, beleza. segurança e harmonia, nas suas comemorações de Corpus Christi. A população acrescentou um brilho próprio, explicitando o seu caráter amigável, gentil, ordeiro e acolhedor.

Enquanto a multidão se mantinha na igreja e no entorno dela, uma dinâmica equipe realizava as atividades de limpeza total das ruas por onde a procissão se deslocou; removia todo o sal espalhado, aquele mesmo sal que um pouco antes se exibia em forma de “obras de arte” fugidias. O asfalto era também varrido, antes que a água percorresse toda a sua extensão, concluindo a meticulosa faxina. Cada profissional envolvido naquela específica limpeza cumpria a sua função com incrível rapidez e insuperável eficiência; o seu trabalho, tão bem realizado, acabava por se constituir em um belo show não esperado.

Enfim, em Araruama, o evento de Corpus Christi/2.024 se desenrolou magnificamente, e foi encerrado “com chave de ouro”.