Encerramento dos Jogos Olímpicos de Paris 2024

Aguardando o início da Cerimônia de Encerramento desta Olimpíada, a ser realizada no Stade de France, em Paris, cabe um natural retrospecto do muito que definiu a abertura desse relevante acontecimento.

Ver os atletas participantes deslocarem-se em embarcações ao longo do Rio Sena, compondo a Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos/2024, foi algo que se revelou bem mais viável para quem escolheu assistir na tela do televisor.

Por outro lado, seria impossível, caso não houvesse a cobertura televisiva, que alguém acompanhasse os diversos acontecimentos pontuados pelo mascarado, posto que cada apresentação a ser observada acontecia no alto de telhados de grandes estaturas, em locais distintos e que guardavam efetiva distância entre si. A olho nu,não haveria como acompanhar tudo, e ver todos os detalhes em que o mascarado se detinha. O personagem até parecia ter por objetivo apenas sinalizar, para as lentes do mundo, as inúmeras maravilhas turísticas de Paris.

Contudo, o evento de abertura contou com a irretocável apresentação de Céline Dion. A cantora e atriz apresentou-se brilhantemente; cantou um hino ao amor, com suave perfeição e grandiosa beleza evidenciada em cada nota emitida e no figurino de extremo bom gosto usado na ocasião. Tais elementos transformaram aquele momento em uma linda festa.

Os jogos se desenrolaram, e trouxeram em seu bojo toda a esperada emoção em cada modalidade de competição. Lágrimas e sorrisos se alternaram. Ouro, prata e bronze reluziram nas inúmeras medalhas olímpicas disputadas; envergá-las traduzia evidente alegria. Na mesma proporção, a eliminação causava indisfarçável abatimento aos atletas que não alcançavam o sucesso desejado frente aos seus oponentes.

E a Cerimônia de Encerramento fez-se anunciar.

A princípio, foram projetadas várias cenas extraídas de filmagens realizadas na Festa de Abertura dos Jogos de Paris. Essas projeções teriam o objetivo de estabelecer um elo de transição para o presente momento de encerramento.

Em seguida, o hino da cidade foi apresentado. A intérprete e o coral que a acompanhava fizeram um belo trabalho.

Encarregado de iniciar a transição da chama olímpica, o atleta francês consagrado em Paris, Léon Marchand, adentrou o estádio.

Na presença do Presidente da França, do Presidente do COE, e de oitenta mil pessoas que lotavam o estádio, sob os acordes de uma orquestra onde predominava o som dos violinos, a chama da pira seria apagada.

Deu-se início à entrada das bandeiras de todos os países participantes dos Jogos Olímpicos de Paris. O desfile das bandeiras foi iniciado pelo pavilhão da Grécia, como é de praxe, com os demais países surgindo em ordem alfabética.

A bandeira do Brasil foi conduzida pelas atletas do Vôlei de Praia, Duda e Ana Patrícia, que conquistaram o ouro em Paris.

Duzentas e cinco nações estiveram na França, participando das Olimpíadas de 2024. As suas delegações ocuparam o estádio, com descontraída alegria, para o encerramento do evento.

O último pódio formou-se ali mesmo, no estádio. As atletas campeãs da Maratona Feminina receberam as suas medalhas durante a solenidade. As competidoras de Kênia (medalha de bronze), Etiópia ( medalha de prata) e Holanda ( medalha de ouro) ocuparam orgulhosamente os seus lugares.

Quarenta e cinco mil voluntários, com empenho, sorrisos e dedicação, propiciaram o bom andamento de cada um e todos os detalhes do grandioso evento.

O estádio escurece, a orquestra faz a boa música soar, e surgem projeções que remetem a conquistas da França, o país anfitrião desses jogos olímpicos, e que deveriam também passar uma mensagem de união entre os povos.

A escuridão se alonga dentro do estádio, sendo quebrada apenas por algumas luzes piscantes que surgem eventualmente, sem contudo iluminar o recinto.

Um “Viajante Dourado”, pouco visível em meio à escuridão e um tipo de nevoeiro reinantes, surge no alto do estádio. Ele conduziria imagens da fundação da humanidade.

O referido Cavalheiro Dourado e o Mascarado, que foi personagem na Abertura dos Jogos, reúnem-se. Tudo se mostra pouco compreensível.

O Hino da Grécia foi entoado.

Projeções mostram jogos da era moderna, a pomba da paz, os arcos olímpicos.

Personagens, cujos trajes fariam lembrar caracterizações de múmias cinematográficas, entraram em cena. Surpreendentemente, tais personagens simbolizariam os atletas olímpicos.

Ao piano, o Hino a Apolo foi executado. Um tenor se encarregou de cantá-lo.

Os anéis olímpicos se alinharam, visando representar a união entre os cinco continentes.

Os anéis se elevaram ao alto do estádio, e fogos explodiram em seu entorno.

Usando novamente o recurso da projeção, vê-se uma grande quantidade de imagens dos eventos e dos atletas olímpicos desses Jogos de Paris.

Escuridão e poucas luzes seguiram se alternando.

A Banda Phoenix toca e canta; fica iluminada entre os atletas presentes, que ficam entre o nevoeiro e a discreta escuridão.

Eventualmente, algumas luzes se acendem e se apagam sobre o público presente. São muito raros os momentos em que as pessoas da plateia foram contempladas com alguma iluminação.

Em dado momento, o Mascarado surge tocando uma guitarra. Em outro momento acontece uma chuva de papel picado, que se junta à escuridão e ao nevoeiro.

Em seguida, projetam cenas da Grécia, com foco no acendimento da chama olímpica. Com o mesmo recurso, também mostram a trajetória que a chama percorreu até chegar a Paris.

O Presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Paris deseja o melhor para Los Angeles 2028.

Thomas Bach, em seu discurso, menciona que “A Cidade Luz” brilhou como nunca antes”. Diz que “Nós, humanos, somos capazes de fazer grandes coisas”. Pontua que “Os Jogos Olímpicos podem criar uma cultura de paz”. Ele acrescenta que, nesta edição dos jogos, “milhares de pessoas puderam celebrar os atletas pelas ruas de Paris.”

Finalmente, o ambiente do estádio se faz iluminado. A Bandeira Olímpica é solenemente retirada do mastro, ao belo som de um coral infantil.

A Bandeira Olímpica é entregue à Prefeita de Los Angeles, que de faz acompanhar da ginasta americana Simone Biles.

O Hino Nacional dos Estados Unidos é executado.

O conhecido ator Tom Cruise penetra no estádio. Desce do topo, com uso de cordas; deixa o estádio usando uma motocicleta, levando a Bandeira Olímpica consigo. Depois, o ator embarca em um avião que o conduz a Los Angeles.

Bem… um novo grande evento olímpico se anuncia para 2028! Los Angeles promete!!! Vamos aguardar.

Angela Oliveira

Jornalista, autora desta matéria.

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